A juíza Juliana Tronco Cardoso, da Vara Judicial da Comarca de Restinga Seca, recebeu, na última terça-feira, a denúncia do Ministério Público contra o juiz aposentado de Minas Gerais Francisco Eclache Filho, 65 anos. No dia 23 de julho, ele confessou ter matado a mulher, Madalena Dotto Nogara, 55 anos, ex-secretária de Finanças da cidade, a tiros.
Uma das novidades do caso é que, ao contrário do que estimava a Polícia Civil, a perícia apontou que a vítima foi morta com quatro tiros, e não três. Dois dos disparos foram na cabeça, um no peito e outro nas costas.
Eclache Filho foi detido por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal depois que perdeu o controle da direção do veículo Vivace que dirigia e saiu da pista no quilômetro 74,6 da BR-101, entre Torres e Osório. O suspeito está preso desde o dia 23 em uma cela especial do Grupo de Operações Especiais, em Porto Alegre.
Ele confessou ao delegado Gustavo Brentano, de Osório, que matou Madalena, mas disse que estava ensinando a ela como se usava uma arma de fogo e, em determinado momento, ela teria pego a arma e apontado para ele. O primeiro disparo teria ocorrido acidentalmente.
Com a entrega da denúncia à juíza, Eclache Filho passa a responder a processo criminal e tem o prazo de 10 dias para apresentar sua defesa.
Juliana solicitou que, como o processo envolve réu preso, haja urgência na realização das perícias e na reconstituição do homicídio. Ela pediu, ainda, a intimação da imobiliária responsável pela casa onde ocorreu o homicídio e da filha da vítima para que não façam alterações e não permitam a entrada de terceiros no local do crime.
O juiz aposentado tem prazo de 10 dias para apresentar a sua defesa.
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